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/Fundo Verde comemora sucesso de bicicletas compartilhadas na Cidade Universitária

A comunidade da UFRJ aprovou o sistema de bicicletas compartilhadas. Em funcionamento na Cidade Universitária desde setembro de 2017, o sistema já contabiliza mais de 4 mil usuários cadastrados e mais de 20 mil viagens: uma média de 130 por dia. Uma iniciativa do Fundo Verde da UFRJ, coordenado pela professora da Coppe/UFRJ, Suzana Kahn Ribeiro, o sistema disponibiliza 60 bicicletas distribuídas em oito estações espalhadas pelo campus, com 6 km de ciclovia.  No dia 07 de junho, o Fundo Verde implementará a segunda fase do projeto Integra UFRJ, disponibilizando dois carros elétricos compartilhados nas estações CCS e CT, por enquanto com uso restrito aos servidores da universidade.

 

“A ideia do sistema de bicicletas compartilhadas é facilitar o deslocamento dentro do campus de uma forma mais sustentável. A bicicleta é uma forma de transporte que deve ser estimulada: não queima combustível e é benéfica para a saúde”, afirma a professora da Coppe, Suzana Kahn Ribeiro, coordenadora executiva do Fundo Verde.

 

Alunos e funcionários entrevistados elogiaram a iniciativa e destacaram a vantagem de mais uma alternativa de mobilidade no campus. Tadeu Vasconcellos, 26 anos, estudante do 7° período da Faculdade de Letras, usa a bicicleta diariamente para ir ao Restaurante Universitário e à Estação do BRT. “Antes eu perdia muito tempo aguardando o ônibus interno no ponto, e ele sempre vinha cheio”.

 

O tempo perdido na espera pelo ônibus que circula no campus é uma queixa comum a todos os entrevistados, principalmente os estudantes. Victor Bustamante, 22 anos, do 7°período de Eng. Eletrônica, passou a evitar lugares distantes para não ter que perder horas esperando o ônibus. “Às vezes preferia ir caminhando. Com a chegada das bicicletas passei a almoçar na Escola de Educação Física e Desportos, onde é mais barato e melhor para comer”, conta.

 

A Prefeitura Universitária estabelece nas linhas internas um limite máximo de 15 minutos de intervalo entre os ônibus. “A gente tem ciência que há horários de pico nos quais os ônibus ficam mais cheios, mas devido a diversos cortes orçamentários não é possível aumentar o número de veículos para atender a demanda”, explica o prefeito do campus, Paulo Mario Ripper.

 

 

As funcionárias da reitoria Ariana Rios e Mariana Pralon aproveitam a hora do almoço para pedalar pelo campus. Em um curto período de tempo conseguiram até mesmo ensinar o colega de trabalho, Alessandro Ribeiro, 24 anos, a andar de bicicleta. “Foi uma ideia inovadora, que deu um levante no Fundão”, disse Alessandro, que passou a pedalar todos os dias no campus.

 

Segundo o diretor da Coppe, professor Edson Watanabe, o uso da bicicleta cresce na medida em que aumenta a consciência das pessoas em relação à importância da sustentabilidade e da busca por uma vida mais saudável. “Além disso, aqui no campus, os usuários constataram que estão economizando tempo, uma variável muito importante nos dias de hoje. São, portanto, três fatores positivos por conta das bicicletas. Que aumente o seu uso!”

 

Sucesso do programa aumenta a demanda

 

Hoje, nos horários de pico, hora do almoço e final da tarde, a demanda supera a oferta de veículos. Os entrevistados relataram que algumas vezes, nesses períodos, não encontram bicicletas disponíveis nas estações. Segundo dados da Serttel, empresa operadora do serviço, cerca de 20% das viagens diárias ocorrem entre 10 e 12 horas. “O número de bicicletas poderia aumentar”, sugere o estudante Victor Bustamante.

 

De acordo com Bruno Allevato, assistente técnico do Fundo Verde, por ser um projeto piloto, ainda não consegue atender toda a demanda. Antes de o sistema entrar em operação, o ITDP (Institute for Transportation and Development Policy) auxiliou o Fundo Verde realizando uma pesquisa no campus. “A gente sabia desde o início que o sistema era subdimensionado. Implementamos de 20 a 30% do que foi considerado ideal para o Fundão, tanto em número de estações quanto em número de bicicletas”, explica Bruno.

 

Para adequar melhor o sistema à demanda, o Fundo Verde realocou, no início de 2018, a Estação 5 do CT2 para a Prefeitura Universitária. Verificou-se uma alta demanda na Prefeitura Universitária em detrimento de uma subutilização da estação no CT2.

 

 

O aluno do 6º período de Engenharia Metalúrgica da Escola de Engenharia, Luiz Felipe Ricardo, 20 anos, usa diariamente a bicicleta para se deslocar do Centro de Tecnologia para o restaurante universitário, ao lado do prédio da Escola de Educação Física. “É mais confortável andar com ventinho no rosto”, brincou.

  • Publicado em - 04/06/2018
  • Atualizado em - 05/06/2018